O ministro da Educação Nacional e do Ensino Superior disse hoje em Bissau que é uma obrigação de todos, a melhoria das condições de trabalho dos professores guineenses, como elementos preponderantes na comunidade e agente ativa no desenvolvimento social.
Sandji Fati discursava no acto do fecho do ano lectivo 2016/17 e a abertura do novo ano lectivo 2017/18, cujo o lema é “Juntos para um Sistema Educativo Estável”, disse que o acto é de muita importância, não só pelo Governo,
mas para todos os envolvidos no processo, nomeadamente os pais e encarregados de educação, os parceiros, sindicatos e os próprios professores.
“Essa cerimónia vai servir de reflexão sobre o que se fez no ano transacto e perspectivar o que vai iniciar ou seja, fazer um modelo que seja capaz e eficiente para termos um ensino de qualidade “,disse.
O governante
reconheceu o papel do professor como elemento preponderante na comunidade e
agente activa no desenvolvimento social, salientando que as melhorias das
condições dos docentes guineenses impõem-se, acrescentando que a melhoria de
condições dos docentes não é um favor por parte do executivo mas sim uma
obrigação.
O ministro
da Educação Nacional e do Ensino Superior disse que o atual Governo
não tem atualmente nenhuma divida para com os professores.
“Pelo
contrário, o nosso Governo está a pagar as dívidas atrasadas herdadas e no
momento está-se a discutir a avaliação dos Estatutos da Carreira Docente nas
regiões”, explicou, lembrando que o sistema de ensino enfrenta um conjunto de
problemas ou seja o Estado forma os professores e esses docentes são postos no
sistema e quanto efetivam simplesmente mudam para outros ministérios, o que não
pode continuar.
Sandji Fati
questionou o porquê de não dar ao professor o salário igual aos funcionários de
outros ministérios para os assegurar no regime, fazendo o que mais gostam que é
dar aulas, e possibilitar a estabilização do sistema educativo guineense.
“Essa
reflexão cabe à nós todos sem excepção . Mas só será possível encontramos
soluções se o sistema estiver estável. Se isso acontecer nos países como Ghana
e Nigéria nós também temos de encontrar soluções para estabilizar e dar um
salário que faça com que o professor se mantenha a leccionar “,disse.
Por seu
turno, o representante da Associação dos Pais e Encarregados de Educação,
Duarte Nuno Dabó pede ao governo para que, através do Ministério da Educação
tenha um acordo duradouro e sólido com os professores que garanta o
cumprimento a 100 por cento do cumprimento dos dias lectivos, estabelecido pelo
calendário escolar.
Para
Fernando Mendes, em representação dos dois sindicatos do sector educativo,
nomeadamente o SINAPROF e o SINDEPROF, o encerramento e abertura do ano lectivo
são momentos de exercício da cidadania ativa e responsavelmente nobre, por isso
devia ser de reflexão e de análises profundas sobre as prestações nacionais no
sector do ensino.
“E os
sindicatos enquanto parceiros do governo na implementação do sistema educativa
estável, manterão vigilantes em defesa de seus interesses, a nobre causa da
luta para o bem da estabilização não só do sistema do ensino, mas de toda a
sociedade em geral, porque uma sociedade livre e desenvolvida é aquela que é
culta cientificamente”, referiu.
De acordo
com ANG, na cerimónia também foi lançada a Campanha 6-6 que incentiva a entrada
das crianças na escola com seis anos e lá ficar até pelos menos concluir o
sexto ano da escolaridade, e contou com as presenças dos técnicos do Ministério
da Educação, parceiros casos da UNICEF, Plan Internacional entre outros.
Notabanca;
12.10.2017
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