O Governo da Guiné-Bissau vai investir durante este ano mais de 700 mil euros em infraestruturas no Hospital Nacional Simão Mendes, em Bissau, anunciou hoje o ministro das Finanças guineense, João Fadia (foto esq.).
"Além dos 720 milhões de francos cfa (cerca de um milhão de euros) previsto para a alimentação estamos a prever continuar com um investimento nas infraestruturas na ordem dos 500 milhões de francos cfa (cerca de 762 mil euros) ", afirmou João Fadia.
O ministro
das Finanças falava aos jornalistas durante uma visita ao Hospital Nacional
Mendes, acompanhado do ministro da Saúde, Carlitos Barai (foto abaixo), para
ver os resultados dos investimentos feitos em 2017 naquele estabelecimento
hospitalar e se os recursos disponibilizados tinham sido aplicados.
Em 2017, o
Governo guineense reconstruiu a cozinha do hospital e passou a garantir
alimentação aos doentes internados, reconstruiu a rede de esgotos, melhorou a
rede elétrica e ampliou o serviço de urgências.
"É
isto que devemos fazer e devemos continuar a fazer esforços para melhorar ainda
mais", afirmou o ministro das Finanças, sublinhando a sua preocupação com
a situação dos geradores da unidade hospitalar, porque caso falte a luz pública
não começam a funcionar automaticamente.
Para João
Fadia, independentemente do Governo que esteja no poder, é preciso que sejam
feitos esforços para garantir um melhor sistema de saúde aos guineenses.
O ministro
da Saúde, Carlitos Barai(na foto), considerou que ainda há muito trabalho pela
frente e salientou que o número da população em Bissau aumentou e as estruturas
existentes não conseguem dar resposta.
Carlitos Barai
disse aos jornalistas que é preciso aumentar o serviço de urgência, pediatria e
maternidade e aumentar os recursos humanos.
Questionado
pelos jornalistas sobre a contratação de mais pessoas para fazer face às
necessidades, o ministro da Saúde explicou que o Ministério das Finanças já
disponibilizou fundos para a contratação de mais 700 pessoas para o sistema
nacional de saúde.
Em junho,
um relatório das Nações Unidas indicava que o direito ao acesso à saúde na
Guiné-Bissau tinha registado progressos, mas que persistiam obstáculos que
impediam a evolução do setor no país.
O
relatório salientou que a "plena realização do direito à saúde no país é
dificultada" pela pobreza endémica, défice de acesso a alimentos,
educação, água potável e saneamento, infraestruturas limitadas e inadequadas e
pela qualidade do sistema de cuidados de saúde.
No
documento, a ONU recomendou ao Governo guineense que "continue a tomar
medidas para enfrentar os desafios do sistema nacional de saúde, incluindo no
que diz respeito à disponibilidade de infraestruturas, bens e serviços de
saúde, acessibilidade económica, física e de informação".
Notabbanca;
20.03.0318
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